Sobreiro
GERAL:
Árvore de porte mediano
que pode atingir 20 m de altura com copa ampla e pouco densa. O tronco tortuoso
é ramificado em grossas pernadas e revestido por casca acinzentada, a cortiça. Não
vai além dos 500 m de altitude. Vive cerca de 300 anos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW4lu-EBosu_yGI8esfuBbAB9ltXjp903gYUb2CbCcpxxn-vNGvDx9_LF2WK3kD0Ju-LTW4oXq23jg9i-1onWLt-uPKtzqm_SlXuJ5Q50nPZI9jqtv1_U05yIvONBuU_ERUACMe8wMI3uK/s320/Nova+imagem+%25285%2529.png)
FLORES: Floração de Abril a Junho
e parcialmente no Outono. As flores masculinas no extremo dos raminhos do ano anteriores
e as femininas na parte superior do raminho do ano, ambos em amentilhos
verde-amarelado.
FRUTOS: A bolota, oval, comprido
com ponta coberta de veludilho, atinge a maturação no Outono, evoluindo de
verde a castanho-avermelhada na maturação, com uma cúpula coberta de escamas
triangulares, curtas e imbrincadas. Frutifica desde os primeiros anos.
GOMOS: Globulosos e pequenos,
cobertos de escamas tomentosas.
CASCA: Ritidoma suberoso grosso e
gretado - Cortiça - tornando-se liso e amarelado ou avermelhado nos troncos
descortiçados.
ECOLOGIA: É chamada uma
"árvore de plena luz". Tolera climas com períodos estivais secos e
pluviosidade baixa, aprecia no entanto um teor médio de humidade do ar e do
húmus, suportando mal as geadas; desenvolve-se bem em todos os solos de textura
leve a média e pH ácido ou neutro, mas evita os calcários.
DISTRIBUIÇÃO:
Originária do Oeste
da Região Mediterrânica: Portugal, Espanha, França, Itália, Argélia e Marrocos. É uma árvore comum em todo o
País, com grande frequência a sul do Tejo onde surge na forma de montados, e
esporádica no Norte. Ocupa extensos povoamentos, na parte Oeste do Alentejo,
bacia do Tejo e Terra-Quente de Trás-os-Montes. Está frequentemente associada à
azinheira e ao carvalho cerquinho, mas também existe em matas estremes (onde só
habita uma espécie) - montados de sobro. Os "montados de sobro", como
"os montados de azinho" encontram-se geralmente em associação com uma
outra cultura ou pastagem. Existe também em povoamentos mistos com azinheiras.
UTILIZAÇÃO: Muito importante pelo
valor comercial da cortiça. Oferece uma boa protecção dos solos e é um precioso
aliado na luta contra os incêndios, devido à sua fraca cobertura subarbustiva.
OBSERVAÇÕES: Em termos ecológicos
a cortiça apresenta uma importância muito grande, já que por um lado protege a
árvore do fogo e por outro serve de abrigo a inúmeros animais, sobretudo
insectos e plantas: musgos, líquenes e até algas microscópicas.
Para além da cortiça, os montados
de sobreiro têm um grande valor económico: a glande, alimento do gado suíno, a
madeira e a lenha, para queimar directamente ou fazer carvão, por fim, o
entrecasco de onde se extraem os taninos.
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